A quem tem (des)feito o corpo (organismo) no caos das existências possíveis, convidamos a inventar conosco este GT, outro corpo, fraturado, desterritorializado, desorganizado, desordenado, nas experiências comunitárias, ativismos, leituras, escrevivências, pesquisas, artes teatrais, musicais, dançantes, entre tantas outras maneiras coletivas ou mesmo solitárias de invenção da vida. Corpos que não permanecem os mesmos, tornam-se insurgentes, agenciados por afectos e perceptos no caos das existências. Corpos que se aventuram aos encontros, aos acontecimentos de outro corpo possível, imanente e em composição de linhas, forças, movimentos, deslocamentos, deslizamentos, atravessamentos, agenciamentos, expansão de potências, dobras e criações. Algo por vir, diferentemente do que se passou em cada circunstância, seja em instantes tristes ou alegres de diminuição ou expansão de potências do sentir, do pensar e do viver. Potências ativas conduzem os corpos à criação de novos encontros, afetações intensivas e alegres. Potências passivas induzem afetos tristes porque não permitem ao corpo experimentar o que pode. O padrão, o majoritário, o universal induzem ao limite, ao controle, à representação e à imposição. Metanarrativas e poderes dominantes esquadrinham e hierarquizam corpos ao nomeá-los pelos códigos classificatórios binários, cis-heteronormativos, patriarcais e coloniais, ou seja, todas as práticas excludentes e legitimadoras de sistemas de veracidades universalizantes e poderes fascistas. Nos movimentos de conjunção ou dispersão de forças, existências são experimentadas, corpos são acoplados ao sócio, ao mesmo tempo que podem não ser seduzidos pelo poder, não amar o poder, não desejar o fascista que habita cada vivente. Isso requer o combate sem trégua e em múltiplas frentes às formas brutais de manifestação implícita ou explícita da colonialidade e do fascismo contemporâneo em suas inúmeras expressões. Experimentar encontros intensivos e alegres, aqueles que expandem potências ativas e se estendem de um corpo ao outro, criando outros corpos possíveis, torna-se acontecimento, deixando rasgos no caos.
To those who have (un)done the body (organism) in the chaos of possible existences, we invite you to invent with us this GT—another body, fractured, deterritorialized, disorganized, unordered, in communal experiences, activism, readings, writings, research, theater, music, dance, and many other collective or even solitary ways of inventing life. Bodies that do not remain the same, becoming insurgent, agitated by affections and percepts in the chaos of existences. Bodies that venture into encounters, into the events of another possible body, immanent and in composition of lines, forces, movements, displacements, slides, crossings, agencies, expansion of powers, folds, and creations. Something to come, differently from what happened in each circumstance, whether in moments of sadness or joy, of the diminishment or expansion of the powers of feeling, thinking, and living. Active powers lead bodies to create new encounters, intensive and joyful affectations. Passive powers induce sad affections because they do not allow the body to experience what it can. The standard, the majority, the universal induce limitation, control, representation, and imposition. Metanarratives and dominant powers scrutinize and hierarchize bodies by naming them through binary, cis-heteronormative, patriarchal, and colonial classificatory codes, that is, all excluding practices that legitimize systems of universalizing truths and fascist powers. In the movements of conjunction or dispersion of forces, existences are experimented with, bodies are coupled with the social, while they may not be seduced by power, not love the power, not desire the fascist that inhabits each living being. This requires relentless combat on multiple fronts against the brutal manifestations, implicit or explicit, of coloniality and contemporary fascism in their many expressions. Experimenting with intensive and joyful encounters—those that expand active powers and extend from one body to another, creating other possible bodies—becomes an event, leaving tears in the chaos.
Coordenadoras / Coordinators:
DULCE MARI DA SILVA VOSS (UNIPAMPA)
ELIADA MAYARA ALVES KRAKHECKE (UFPEL)
DANIELA DELFIM CRUZ